segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vontade e Querer




















Um vácuo no tempo desde a última postagem. Pouca coisa aconteceu, muita coisa mudou. Ou o contrário.

São nossos medos que agem através de nós, por isso a confusão. As flores do meu jardim jazem misturadas loucas, se proliferaram no gramado, nasceram no espaço das outras, buscando com o caos, o equilíbrio. Meu jardim, meus pensamentos, são flores minhas paixões.

O gato branco de olhos escuros ou então agora, cores vertidas em seu revés, força no olhar, aptidão para a caça. Como ele não somos, mas não tendo atrás de nós caçadores, caça não somos também. E quando não houver mais saída alguma, teremos chegado onde havíamos de chegar. O pote está vedado, mas é só quebrá-lo. A força para erguê-lo não é suficiente, quanto mais para jogá-lo ao chão. Sendo então cães no asfalto, a se esquentarem sob o Sol, perdem o olfato do perigo, não aprenderam a voar, preguiçosos. Desaprendendo a querer, se aprende a esquecer, não resta nem o esperar. Esperança que morre já de início, deixando ainda cheia de vigor a tristeza, a apatia, a doença.
Continuo perdido, fuçando tudo, apesar de tudo. O gato que não descansa, que não pisca, não move um músculo, está numa fotografia, não no mundo real. Seu pêlo é branco, sua vida está de mudança, a paisagem já tem outros gatos, ou não tem nada, só neve branca, ou fogo, ou ar, ou nada mesmo. Teimo em olhar tudo como fato presente, sólido concreto, opaco e tangível, louco sou eu. Quero-te viva, não entende?

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