domingo, 7 de junho de 2009

"A novidade era o máximo..."(Paralamas)

Descobri (ou finalmente soube colocar em palavras) ue sou movido pelo desconhecido. Aproveitando que está à minha disposição uma coleção de jazz, estou aprendendo a gostar da sonoridade que há nesse estilo musical. Vez ou outra, puxo um dos CD's sem prestar atenção em qual álbum é e deixo tocando, enquanto faço outras coisas, dentre elas, escrever (como, aliás, estou fazendo). O som de um sopro mudo junto às notas tocadas do sax é como aquela voz bem ao pé do ouvido, bem respirada e íntima. O baixo acústico soa solto pela música tanto rítmica, quanto harmonicamente. Aquela nota quase afinada, quase no compasso faz a música ter um som único. Enfim, algo bom de se conhecer.
Quando se descobre o prazer em apreciar algo que nunca ouviu, parece que se torna um vício. O que o ouvido já se acostumou, passa a desinteressar. Lógico, há músicas prediletas que nunca vão deixar de ter valor pra mim. Mas é só um caso a parte. Experimentar essa sensação de não saber exatamente o que será ouvido após uma nota de uma música é como conhecer uma pessoa. Tudo o que ela apresenta é observado, até analisado, mesmo que se trate de uma análise não proposital. Depois de se quebrar preconceitos que vêm à tona incondicionalmente, esse alguém que se desconhece passa a ser uma fonte de novidade intensa. Assim é com a música. Posso até ouvir uns acordes iniciais e supor que nunca tirarei algo de iteressante da música que esteja tocando. Porém, quando se deixa falar, ela sempre conta algo que nunca eu havia ouvido. Pode ser algo que não me agrade no fim das contas, mas sempre vale a pena. Só não pode ter alma pequena.

Um comentário:

  1. Jazz é perfeito! Muitos não gostam, pq não é uma audição comum: tem que ser sentida...ai se torna perfeita! Ainda mais escrevendo...agora segredo: se tiver uma vodka...rs...brincadeira!

    Bjs

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