quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

vidArte

Você consegue ver um filme e não lembrar?
É como um espelho. Uma história familiar. A saga é minha, é sua, é nosso tempo. Estão lá nossos sentimentos, pensamentos, ações e desejos. Tenho visto alguns e eles me mostram o quanto é humano viver o que eu vivi. Se esquecemos por vezes e nos repetimos, é só por ser uma boa hora de revermos o filme. Algumas vezes só bastava uma cena, uma fala ou um jogo de luzes. Outras vezes, apenas a música.
Você consegue ouvir uma música e esquecer?
É como o eco. Uma voz vinda do peito. Uma voz cantada por mim e por você. Ouço um suspiro, um grito, um sussurro, uma melodia que me encanta. Toda música é uma ode e toda ode é uma homenagem. Homenagear o amor, a solidão, a volúpia, a geração. A sociedade, o fim dos tempos, as guerras, os dias a mais, a esperança, a tortura, o belo, o infinito... E ouvir os CD's por mais exaustivo que seja, pela repetição, nos trás sempre o que sentimos da primeira vez. E as figuras e imagens que vêm às nossas cabeças.
Você desenha?
Eu sim. E tenho desenhado muito. Aprendi muito em pouco tempo e continuo melhorando. Desenho paisagens, edifícios, sombras e luz. Nas mãos o lápis, a caneta, o carvão, a tinta, as canetas e lápis de cor, o papel. O traço reflete minhas intenções, as cores, minhas emoções, a luz e a sombra mostram meus pensamentos.
Só pela empatia a arte tem serventia. Tanto a arte consumida, quanto a produzida nos faz lembrar de momentos. A vida, e aí, é isso, são os momentos. E cada um tem seu cheiro, cor, som, sabor e sentimentos. Por isso tudo vale, se o que quisermos for viver.

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