terça-feira, 23 de novembro de 2010

Surto à Sós

Quem não vir a porta aberta
Ou os que vão ver pela fresta
Só enxergar o vão da porta
Ter visão em vão, morta
Não viver a vida alheia
Nem vazia, nem cheia

Posso lhe contar estórias
Ou andar por outras bandas
Mas não penso em desistir agora
Pois negar o que foi dado
E enganar, viciar os dados
Só consigo me entender, mas sem me explicar
Quero uma vida boa, ficar a toa
Estando sempre aberto e na proa
Não sai nada do vinil antigo
Mesmo o som, um bom amigo
Nada... que de enorme oco
Ecoa

Não terei você pra sempre
Me agradando e dizendo suas loucuras
Perdi a flor que carregava na lapela
Mais fácil era levar uma pedra
Sem descoser o algodão
E as velas de um navio a desembarcar
Partem da bonança
De uma vida sem lembrança

Bebo eu e meus amigos
Para deles me afastar
Pois os livros são inimigos
Daqueles que não posso gostar
As palavras que estão dispostas
São pra quem quiser viajar

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