terça-feira, 9 de novembro de 2010

Noite Loba

O lobo solitário, ele espreita a noite. Sua pele é o frio escuro da mata. Sua alma está em seus olhos, seu espírito é revolto como a nuvem rápida e negra, imperceptível no ar. A caça, tem para si, se mostra como única opção, quando tudo mais não existe.
Quando ele se move, sua passagem é lenta, fria, calculada. O erro é a morte, a segurança, uma armadilha dissimulada. Poderia se esconder do próprio reflexo no espelho. A colina, o escuro, a solidão. É casa. Lado a lado com a Infalível, sabe que acreditar em algo além de si próprio não vale a pena.
Seus olhos se prendem num objetivo, único objetivo, única existência em todo o universo, é o foco. A respiração é ritmada e precisa, coração prestes a receber adrenalina num pulo. Os pelos eriçados, o corpo tenso e narinas dilatadas. Apenas um momento, acabou. E mais uma vez volta a ser noite.

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