segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bota Fora

Sozinho agora, sim, mas também sempre... Reticências para dizer: evasivo. Soterrado pelas lembranças, quem diria. Passo por cima do muro, já fiz dessas, mas agora tento a vida mais pura. Parques, subidas, pastagens, uma igreja, o rio, olha lá! Perco a vista daqui de onde espero, vou brincando de mudar tudo. Vamos ouvir música? Ouça daí: The Thrill is Gone, do rei.

Aquela cerveja não tem mais o mesmo sabor, é outra coisa, além da lata, que mudou. Bebi mas não fez diferença, cadê o resto? Quantos projetos eu vejo e refaço, mas é impraticável fingir que seria mais fácil do que está se mostrando ser, mas muito pelo contrário. Sabe aqueles dias de modorra, de férias decadentes, sem nada pra se fazer ou se mostrar?

Agora Cocaine, pra mudar os ânimos! Mudança de planos, era da fartura, sem tirar, só pôr. Barrigas de fora, sorrisos escancarados, rostos compridos, coisas novas, tudo que preciso pra sair e me sentir vivo de novo. E música, sempre, sempre, sempre... Tudo aqui é assim, sem riscos de mostrar, de esconder, enfim...

Porta de saída, sempre aberta, janela da alma, tudo remete à ambiguidade da face, de lado ou de frente, um tempo depois é igual. Agudos e graves são aglutinados porque é como deve ser. Padeço do mal dos impregnados, impregnados da dor, da paixão, cheios de rachas e bordas, complexo em peça única.


Aí está então, sobra só a forma do que ainda vem. Digo de novo: portas abertas! Melancolia mesclada com alegria, porque não existe outra fórmula pra se dar certo. Ia explodir na cara, com certeza iria... Pra quem não percebe os lembretes no espelho, siga em frente será feliz também, pode ser outro caminho a se seguir, quem sabe... essa foi a última música.


...por hora...

2 comentários:

  1. Impossível ficar indiferente ao texto, à sua força e calma de expressão.

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  2. Sempre bem vindos os elogios... assim como as críticas, sem dúvida.
    Obrigado

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Do entardecer...

Do entardecer...

Ao amanhecer

Ao amanhecer