terça-feira, 28 de abril de 2009

Caro zoon politikon...


Há dias em que se nasce e há dias em que se morre. Sigo a sina da disritmia, sem parar, sem parar de mudar, não sei mais pra onde eu ia. Quem realmente já aprendeu a viver? O que se espera fazer durante uma vida? Você espera e você faz, é o que dá pra arriscar. Eu? Não, eu não danço bem a vida, ela está em descompasso! O furacão é uma semente da mais bela flor existente...

Até onde, de fato, eu sou? As barreiras são fictícias, mas relevantes; as jogadas são reais, mas contornáveis. É assim que levamos bem nossos dias, nossas vidas, nossas hipocrisias. Se há algo mais absurdo que tudo no mundo, é a coerência. Volta e meia me sinto perdido naquilo que é meu. Aquele objeto construído, aquele mundo tão próximo, tudo se correspondendo... e aí, me sinto um corpo estranho, sou expulso dali. Me sinto até mal visto por aquelas bandas.

E o que resta no final? Palavras soltas, conceitos puros? Que ordem louca é essa que estão colocando no caos? Absurdo! Somos todos loucos, absortos na loucura, absolvidos por ela, absolutos nela, mas... abstraídos dela, abismo abissal!

Haverá toda loucura, todos os distúrbios, toda insensatez, mas não haverá mediocridade. A fenda estará exposta como um corte feito por navalha, profundo, brotando sangue. Seus males expurgados, o divino ficará a mostra com toda sua perfeição caótica, sem postura nem comedimento, tudo pode, porque é!

Um comentário:

Do entardecer...

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Ao amanhecer

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