terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fim

A chuva caiu. Nada mais poético que o timming desse clima. Um dia nublado, um dia sem nada, e eu ainda não chorei. Não me permito chorar. Disse isso a mim mesmo, não vou sofrer mais que o mínimo. Mas o pensamento... ele não sai dela. Ai, que fará uma semana e são dias inteiros sem parar de focar a mente nisso. Todas as fases vem e voltam, do ódio pra mágoa, da mágoa pra tristeza, da tristeza pra revolta, da revolta pra melancolia, da melancolia pro descaso, do descaso pra conformação, da conformação pro perdão, do perdão pra simpatia, da simpatia pra sei lá mais o que...
Não consigo me centrar no que preciso fazer, só no que eu queria fazer, e o que eu queria fazer, ah, como eu não queria querer! É uma raiva de mim mesmo, que não estou forte, que não sigo em frente. Ainda persigo, descubro mais motivos pra doer, era mais fácil não ter gostado tanto assim.
Mas eu não consigo, é imposível, o corpo reage contra a mente. Sinto ainda a fraqueza de poder acabar perdoando e voltando atrás. Não posso fazer isso! Onde estou, onde está você, não quero saber... quero sim, não! Pare com isso, Se mostre capaz, firmeza. Ela quem quis assim, ela buscou o pior, não reinstaure o caos na sua vida. E não chore!
Procurarei alguém, vou sair, vou esquecer. Mas já quebrei o pacto, perdão porque pequei. Marquei de encontrar pessoas próximas, pra que? pra me sentir ainda por perto, pra me enganar? Ou pra passar a imagem de que estou por cima? Mas e se eu desabar, não dá. Siga, só siga. Não vou seguir. Vou tropeçar. Mas estou tão só, não me mantenho sozinho. Amigos que realmente serviriam pra isso estão longe.
Me surpreendo como outros já voltaram atrás. Será compreensão? Ou desespero? Muito o que fazer e eu aqui pensando nisso.
Ainda preciso pular a faixa, virar o disco. não é página virada ainda. Droga.

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