sábado, 11 de julho de 2009

Quem sabe?

Poderia ir pra longe
Quem sabe
Ir pra londres, viajar
Ver o frio
Ver os outros, quem sabe

Quem sabe ser também
Um ser de grandes forças
Grandes braços pra alcançar
Uma nova lembrança
Onde estão outros sonhos
Uns de medo, uns de desejo
Quem sabe?

Tomo um cálice
Dessa bebida servida
Com classe
Com ternura
Feita pra mim
Escura
Beber de tudo
Como o fim do mundo
Que engole
Oceanos, terras e ares

Quem sabe viver de uma vez só?

Como quem não tem o que perder
De uma vez absoluta, absurda
Sem razão, motivo ou propósito
Feito um furacão
Que devora o mundo
Parecendo o fim de tudo

Quem sabe criar, mudar, volver e ficar?

Mostro as cartas dos outros
Mostro a mentira lavada
Escorrida
Mostro o que há atrás e ainda
Não mostro o que quero

Quem sabe um dia saber um pouco?

Tendo as pupilas entornando paixão
Vendo e revendo meus melhores dias
Acabando com todas as ilusões que fiz
E sobrevivendo

Quem sabe morrer feliz?

Partir daqui, ser um monstro
Um Balão, uma abelha, um papagaio
Um torresmo de esquina
Um átomo só

E eu sei?

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